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Texto: Lú Fernandes
Publicado originalmente em fevereiro de 2000
A aventura de hoje será a bordo do Paratii, veleiro polar do navegador Amyr Klink. É, este mesmo que invernou na Antártica e circunavegou o continente gelado no começo de 1999. Estamos no Pier 26, o estaleiro/marina que serve de base para as reformas do Paratii. É sábado, 15 de janeiro, um verão tropical beirando os 33º e o Paratii está prestes a partir para outra viagem histórica.
Esta viagem é especial por dois motivos: a participação na Regata comemorativa dos 500 anos de descobrimento, e também a presença de uma equipe que pela primeira vez vai estar acompanhando nosso “navegador solitário”.
O dono do barco infelizmente não estava conosco neste primeiro trecho da viagem. Amyr, como todos devem saber, participou do Rally Paris-Dakar e só deve voltar a navegar com seu barco em março, em Lisboa, quando a regata começar.
Pode deixar Amyr. O barco estava (e está) em boas mãos.
Saímos do Guarujá as 10:15 da manhã. Além da tripulação que vai com o barco até Lisboa, levei a Luciana Mendonça, fotógrafa profissional e a Gisella Iasi, gerente de marketing do ZAZ/Terra. Em terra ficaram os amigos e parentes que vieram se despedir. O capitão Fábio avisa a todos que está tudo “safo” e coloca o barco em direção a “cidade maravilhosa”. Sábado de sol, apesar da tempestade do dia anterior. (será que vamos enfrentar tempestade em alto mar?)
O veleiro é praticamente uma casa. Tem quartos, banheiros, cozinha, oficina. Tudo prático e bem organizado. O mar estava calmo e o vento nos ajudava a velejar com tranqüilidade, fazendo com que as velas do Paratii nos impulsionassem na rota determinada pelo piloto-automático.
Após algumas horas de adaptação a este novo “veículo”, recebemos um presente dos mares. Estava eu no convés, conversando com a Luciana quando de repente avisto meus amigos do mar. Dei um grito muito alto, que quase fez a Luciana cair na água. GOLFINHOS!!!!!
Apareceram dezenas deles. Gentis, belos e brincalhões, saltaram na frente do barco como se estivessem nos saudando. Muitos vieram ao nosso encontro e fizeram muitos saltos e exibições. Nossa vontade era parar o barco e entrar na água para mergulharmos junto com eles. Não deu. Os golfinhos tomaram o rumo de casa e nós continuamos nossa viagem, que teria ainda muitas surpresas.
Passada a euforia pelos golfinhos, surge à proa a Ilha de Alcatrazes, abrigando milhares de albatrozes que habitam a ilha. Os albatrozes rodeiam o Paratii e nos perseguem, curiosos. Estivemos num momento de paz e liberdade. Eram centenas deles.
Não conseguimos nos conter. Apenas olhar não seria o suficiente. Com o calor intenso que fazia, não resistimos e pedimos ao capitão uma pausa para um mergulho.
Entramos no mar e nadamos até uma ponta da ilha, acompanhando nosso amigo Rimandas que aproveitou para pescar. Quando voltamos ao barco tivemos uma ótima surpresa ao nos depararmos com um delicioso sashimi com direito a shoyu e raiz forte, preparado pelo Shushi Man de bordo, o próprio Rimandas.
Corpos refrescados e com o almoço sendo preparado, deixamos a ilha levando conosco a imagem de um cenário de vida, paz e beleza natural.
Perna 1: Guarujá – Rio de Janeiro
partida: 15/01
chegada: 16/01
Perna 2: Rio de Janeiro – Recife
Perna 3: Recife – Lisboa
Perna 4: Lisboa – Ilha da Madeira
Perna 5: Ilha da Madeira – São Vicente
Perna 6: São Vicente – Salvador
Perna 7: Salvador – Porto Seguro
Perna 8: Porto Seguro – Rio de Janeiro
A cozinha num veleiro é algo no mínimo curioso. O fogão é móvel, planejado para sempre permanecer parado, mesmo com o barco balançando. Para garantir a segurança do cozinheiro, proteções laterais impedem que as panelas quentes caiam no seu pé.
Foi muito interessante aprender a cozinhar dentro do Paratii. (ou vocês acham que minha estadia a bordo ia sair de graça??) fizemos um apetitoso almoço: arroz, feijão (semi pronto), salada de milho, batatas, ervilhas e atum, acompanhados de suco de laranja com acerola ou suco de guaraná – o fiel Nutrinho da Nutrimental.
Após a refeição, aquela cochilada!!!
No Paratii, assim como em qualquer embarcação, a água doce tem que ser usada sem desperdícios para não acabar. Apesar de termos x mil litros nos tanques de bordo, os banhos tem que ser rápidos, principalmente por estarmos em várias pessoas a bordo.
O sistema de bombeamento de água (sim, porque os tanques ficam no porão) é manual, mas também há uma bomba elétrica. Como estávamos velejando, para diminuir o consumo de energia elétrica das baterias, optamos por usar o sistema manual. Assim, para fazer com que a água saia nas torneiras e do chuveiro, é necessário acionar um pedal.
Fácil??? Não. O pedal não ficava tão perto do chuveiro quanto gostaríamos, o banho tinha que ser mais rápido do que o que estávamos acostumadas. Além disso o Paratii balançava de um lado para o outro sem pausas.
‘Garotas, uni-vos!’. E assim foi! Enquanto uma tomava banho a outra pedalava para fazer sair água do chuveiro. Arrepios com a água fria e, segura!, é preciso ter sempre uma mão no apoio. Foi nessa seqüência muito engraçada que conseguimos tomar nosso banho e sair ventando para o convés, já que o balanço do veleiro começou a nos lembrar que tínhamos estômago.
Mas não acabou. Depois de recebermos uma bronca do capitão, tivemos que voltar ao banheiro para bombear a água utilizada para fora do barco, já que o sistema de esgoto também é manual.
Já no primeiro dia percebemos como funcionava o varal. Bermudas e toalhas secavam ao vento presas ao “guarda mancebo” que rodeia o veleiro. E também notamos que havia ali uma certa ordem, as roupas não ficavam penduradas por toda parte, mas de um mesmo lado no fundo do barco. Lá penduramos também nossa toalha ao final do banho.
Às 11:00 horas da noite estávamos no convés, sob um céu estrelado, dando gargalhadas sobre a saga do nosso banho. Tudo na santa paz, acreditávamos que só teríamos aventuras no outro dia. Engano! A grande aventura ainda estava por vir!!!
O mar começou a encrespar. Clarões e trovões na direção da Serra do Mar anunciavam que uma tempestade estava se formando. De repente, o vento começou a soprar com certa impaciência, deixando as velas furiosas. Os cabos batiam com toda força no mastro, como se estivessem nos alertando do que estava por vir.
Para os velejadores experientes da embarcação o Capitão já deu o alarme: “Rizar as velas!!!!!”. De pronto todos largaram o que estavam fazendo para atender ao chamado do Fábio. Quem estava escovando os dentes largou a escova, quem conversava na cabine deixou a frase pela metade.
Nós prontamente percebemos que também tínhamos uma importante tarefa: não atrapalhar! Demos o nosso alarme: “Acordar a Gisella dormindo no convés!”. Fomos as três para dentro da cabine.
Fábio, Luiz, Jácomo e Zé cuidaram da vela menor, subitamente enlouquecida pela força do vento, enquanto Rimandas cuidou do timão para não perdermos a rota.
Já tendo ingerido nossos respectivos Dramins, permanecemos quietas na cabine, que mais parecia uma centrífuga abafada. Caixotes com frutas e verduras corriam pela ‘sala’ e tudo que não estava absolutamente preso, inclusive nós, chocava-se com estrondo a cada movimento do barco.
Pelas janelas do Paratii víamos o esforço da tripulação no convés. As ondas eram altas, mas para nós, marinheiras de primeira viagem, elas eram altíssimas. O vento, de aproximadamente 40 nós, durou um bom tempo e minha preocupação passou a ser a Ponta da Joatinga, segundo Amyr, “o Cabo Horn do Brasil.”
A agitação era grande. A cada minuto alguém aparecia ensopado na cabine; o Capitão checava os dados no computador com freqüência, roupas mais adequadas foram providenciadas para os que enfrentavam água, vento e frio do lado de fora. A Luciana tentou fotografar a movimentação no convés, mas foi deixar a cabine para ser acertada em cheio por uma onda.
Ao menos sabíamos que estávamos seguras; confiávamos na experiência da tripulação e o Capitão, ao checar a ausência de obstáculos na nossa rota, deu o veredicto: “estamos safos”.
Na verdade tudo fazia parte da aventura que estávamos vivendo, até mesmo o enjôo e o medo.
Depois da tempestade o Capitão nos disse uma frase que traduziu exatamente a experiência do nosso primeiro dia no mar. Era algo assim: navegar é viver “horas e horas de tédio entremeadas por momentos de pânico”.
Não raro ouvíamos depois de um longo silêncio perguntas do tipo: ‘você sabe pra que lado está indo a correnteza?’ ou ‘pra onde você acha que vai aquela tempestade?’. E a conversa se desenrolava com a contribuição da experiência e conhecimento de cada um que era questionado e se unia à roda. Para nós, navegar acabava parecendo um grande jogo, onde os dados de realidade se combinavam com a experiência de vida no exercício de prever as conjunturas a serem enfrentadas pelo barco. Onde estavam se formando as tempestades que víamos ao longe, o sentido das ondas, o vento, a proximidade da costa, e uma infinidade de dados que nós, novatas, tentávamos compreender ouvindo com atenção.
Sono e vigília: O revezamento de vigília durante a noite fazia com que, a qualquer momento do dia, encontrássemos alguém dormindo pelo barco. Sono pesado na cama, cochilo no convés ou esticados na própria cadeira do Capitão, eles refaziam-se para que sempre tivesse alguém desperto cuidando da embarcação.
Fomos dormir. Acordamos, e ao longe podíamos ver a grande e bela Pedra da Gávea no Rio, mas ainda estávamos muito longe. Ver a silhueta da pedra não significava que logo estaríamos lá, pois ainda estávamos à 8 horas da cidade. Um pouco mareadas, tomamos um bom café recordando cada momento que tivemos a bordo.
Vigilância sutil: Uma conversa no convés, aparentemente nada para se preocupar. Mas com o tempo percebemos que o olhar, aparentemente vago da tripulação para o mar, na verdade rastreava toda a extensão que a vista alcançava em busca de possíveis embarcações na rota do Paratii.
Gentilezas: A maioria da tripulação estava ao ar livre; alguns estendidos ao sol, outros convenientemente instalados sob a sombra da vela. Eis que surge Rimandas, prato na mão, toalha pendurada no braço. Miragem? Não, pura e magnífica realidade. Com seu sorriso doce e divertido ele percorreu todo o convés servindo, um a um, inacreditáveis cubinhos de queijo com orégano regados no azeite. Todos se deliciaram e fizeram questão de retribuir a brincadeira limpando os dedos na tão nobre toalha! O grande chef? Jácomo!!!!
Na costa do Rio vimos uma infinidade de águas-marinhas. Foi uma curtição ficarmos sentados na borda do veleiro observando elas passarem, umas atrás das outras. Já na entrada da Baía de Guanabara a paisagem mudou; passaram por nós vários ‘peixes-saco-plástico’ e um raríssimo ‘peixe-escorredor-de-arroz-azul’.
Assim que entramos e começamos a apreciar a cidade, não contive minha vontade de navegar o Paratii.
Com autorização do capitão, desligamos o piloto automático e assumi o comando do leme, podendo usar um pouco a minha licença de Mestre Amadora, que consegui após muito estudar com o Prof. Fábio Reis.
Pude navegar durante mais ou menos duas horas, vendo a cidade maravilhosa ao meu lado. A primeira impressão que tive ao ver o Paratii, foi de que o veleiro seria muito pesado. A realidade porém é outra. Para navegar é preciso muita sensibilidade e direção. Se você não o coloca no rumo certo, em pouco tempo pode perder totalmente a rota. A cada momento que me distraía, o barco fugia totalmente da rota.
A experiência do capitão e sua tripulação me ensinavam as técnicas. Aos poucos fui aprendendo e aprimorando a minha navegação. Só não fiz as manobras para entrar no Iate Clube.
Atracamos no Iate Clube do Rio, às 19:00 horas do domingo. Ao chegarmos, fomos contemplados por um belíssimo final de tarde, admirando a natureza exuberante em nossa volta. A nossa frente nada menos, que o Pão de Açúcar.
Fomos tomar banho, agora bem em terra firme. A diferença foi grande. Um box para cada uma, temperatura ambiente da água, mas tudo muito engraçado novamente, pois agora o chão firme parecia que balançava. Conseqüência natural de estarmos há alguns dias no mar.
Jantamos e conversamos sobre nossa grande aventura. Logo a tripulação tomaria o próximo rumo – Recife e nós voltariamos a rotina diária.
Eu e a Luciana, fomos dormir no convés, aproveitando o clima agradável da noite.
No outro seguimos até a Marina da Glória, onde a equipe teria uma coletiva de imprensa. O capitão e seus tripulantes puderam contar a todos a missão de levar o Paratii para Lisboa.
Fotos, entrevistas, últimos acertos, mas o Paratii precisava partir. Na realidade não queríamos que esta hora chegasse.
Despedidas feitas, ficamos no Píer da Marina da Glória até o Paratii desaparecer, seguido por vários barcos que foram acompanha-lo até a saída do Rio.
Lembrando dos momentos que vivi, pude perceber como velejar é uma atividade clássica. Poderíamos ter chegado ao Rio em alguns minutos, de avião, ou em algumas horas, de carro. Nossa viagem durou quase dois dias (31 horas ao todo) e foi feita com vários tripulantes. Imagino o Amyr sozinho, enfrentando tempestades muito piores do que enfrentamos. Realmente velejar, principalmente em solitário, deve ser algo desafiador.
Quanto a mim, já estou pensando no próximo desafio.
O Paratii é o veterano veleiro polar que levou Amyr a realizar alguns feitos únicos que podem ser conferidos nos livros: “Paratii entre dois pólos”, “Janelas do Paratii” e futuramente em “Mar sem Fim” que será lançado este ano e conta a viagem de circunavegação da Antártica.
O barco impressiona pela robustez e pela elegância. Principalmente quando lembro dos relatos do Amyr surfando ondas de 15 metros de altura durante as tempestades nas altas latitudes.
Construído em alumínio, mas todo revestido por dentro com espuma isolante e madeira, o barco vermelho é muito aconchegante e pode acomodar 7 pessoas confortavelmente.
São tantos…
Sistema de navegação: GPS Garmin III – Radar Furuno xyz com cartas asadf – Cartas náuticas eletrônicas TRANSAS – www.transas.com
Energia elétrica: gerador de 4 Kwh e gerador eólico
Sistema de comunicação: Rádio PY – SSB para comunicação em alto mar. Rádio VHS para comunicação em distâncias curtas – Sistema Inmarsat (telefonia e dados) – Iridium para telefonia – Sistema Orbcomm (para rastreamento e dados).
Sistema de video: três mini-câmeras analógicas acopladas num gravador digital DVCAM (duas câmeras são internas (móveis) e uma é fixa na popa do barco (mas não é estática – possui um mecanismo controlado de dentro do barco que a faz girar 180 graus). (foi desenvolvida por nós, do 360 Graus)
Em lugar de fácil acesso, presa à parede da sala, ficava a maleta laranja. Montada com primor pelo médico- Capitão Fabio Tozzi ela nos parecia conter tudo o que se pode imaginar para atendimento de primeiros socorros e muito mais.
Além de uma infinidade de medicamentos, todos acondicionados em caixas plásticas com indicações na tampa, ela ainda continha uma série de instrumentos para outros reparos.
É preciso fazer uma imobilização? Tem. Anestesia? Tem.
É preciso fazer obturação num dente? Também tem!!!!
No caso de acidente mais grave, o alicate de sutura já está pronto! Inacreditável!!!!
E aí alguém pergunta: mas o que adianta ter tudo isso e não saber usar?.
Resposta: o professor Fábio ensinou tudo em terra firme e com aulas práticas!
O barco teve como tripulantes:
Fábio Tozzi – 41 anos, médico cirurgião Vascular do Hospital Universitário. Velejador desde 15 anos, o Dr. Fábio trabalha no Hospital juntamente ao Instituto Oceanográfico onde ministra regularmente o curso de Primeiros Socorros, Salvatagem ( Técnicas de Resgate no mar) e Sobrevivência no Mar. Participou de vários projetos, entre eles: Projeto Contornos, Inter-Trópicos, Hollywood na Antártica, Antártica 360-Amyr Klink. Sonha em conhecer a Geórgia do Sul em seu veleiro Brisa. É o comandante do barco até Amyr assumir.
Luís Osvaldo M. Jr. – 35 anos Publicitário, Consultor e Instrutor de Vela, trabalha no Projeto Escola do Mar, onde administra treinamento para executivos a bordo do Paratii e projetos com crianças de 7 a 9 anos também no Paratii.
Jácomo Chiaratto Jr. – 34 anos, economista, administrador e professor da Escola de Vela de SP (FEVESC). Participou na preparação e logística do Projeto Antártica 360.
Rimandas Jonas Krisciumas – 54, arquiteto e construtor naval. José Eduardo Mello Amoroso – 44, redator, velejador e piloto civil.
Neste trecho, (Guarujá – Rio) o Paratii também contou com as marinheiras de primeira viagem:
Lú Fernandes,
eu, repórter do 360 Graus. Voadora de parapente, sempre estou procurando aventuras diferentes.
Luciana Mendonça,
formada em psicologia, é fotógrafa e passou no “teste de resistência à chacoalhos” ao participar do Rally dos Sertões 99.
Gisella Iasi,
gerente de MKT do ZAZ – Terra Networks, já nos acompanhou também nas aventuras com os T6 do Circo Aéreo.
Indecisão:
Batendo papo no convés, eu e a Luciana, descobrimos que fazemos aniversário no mesmo dia, 29 de setembro. Como não poderia deixar de ser, a conversa fluiu sobre sermos librianas. Eis que ouvimos o Fábio perguntando da cabine: “Vocês querem água ou suco?”. Instalou-se a confusão. Com uma simples pergunta ele, sem querer, violou uma regra do bem estar libriano; ele nos deu opções. Nos entreolhamos, com cara de interrogação, e sincronizadas fizemos escolhas diferentes. Sobrancelhas para o alto e, ao mesmo temo, invertemos as opções. Claro, “librianas”. Relaxamos e cairmos na risada. Acho que queríamos escolher a mesma coisa para não dar muito trabalho, mas o Fábio continuava esperando, “que aflição!”. Eis que surge uma luz: “suco pra você tá bom?”. Solução: “muito bom”. E sorridentes, em coro, gritamos: “SUCO!!!”. E quando nos vimos livres da dúvida lá veio outra pergunta: “Laranja com acerola ou guaraná?!!!”. Em meio a risos a resposta óbvia: “Os dois são ótimos!”.